Aumento nos diagnósticos de sífilis em 2023 reforça conscientização

Os casos de sífilis na população do Distrito Federal aumentaram 55,9% entre janeiro e

Os casos de sífilis na população do Distrito Federal aumentaram 55,9% entre janeiro e julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), 3.138 diagnósticos foram notificados nos primeiros sete meses deste ano – sendo, em média, 14 infecções por dia – contra 2.013 no ano passado. A maior parte dos casos está presente entre homens e na faixa etária de 15 a 29 anos. Os números consideram casos descobertos nas redes pública e privada de saúde.

Em 2020, foram notificados 2.154 casos e em 2021, 2.199, conforme o Boletim Epidemiológico da Sífilis da SES. Os dados consolidados do ano de 2022 serão divulgados em outubro, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (19/10).

A responsável técnica pela vigilância epidemiológica da sífilis da SES, Daniela Mendes Magalhães, atribui o aumento a mudanças no comportamento sexual da população, em que há redução no uso regular e correto de preservativo. Além disso, segundo ela, o salto na quantidade de casos também pode ser relacionado à falta de informação adequada sobre saúde reprodutiva.

“O problema não é a atividade sexual, mas a falta de informação. Inclusive, se mais pessoas fossem testadas, mais casos poderiam ser detectados e tratados, evitando o risco de sífilis congênita. É muito melhor que a mulher descubra antes da gravidez, para que a gestação seja tranquila e evitar a transmissão para o bebê”, diz ela, que é integrante da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis. “O diagnóstico evita o desenvolvimento de sintomas graves e corta a cadeia de transmissão”, completa.

Magalhães também aponta que a presença maior da sífilis na faixa etária de 15 e 29 anos decorre da falta de conhecimento sobre saúde reprodutiva. “Trata-se de jovens que iniciam a vida sexual sem a devida orientação”, pontua. “Precisamos investir em campanhas educativas que causem impacto à população. Devemos falar de infecções sexualmente transmissíveis nas escolas e em espaços ocupados por eles, ensinando a usar o preservativo da forma correta e consistente”, aponta.

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