Em um agosto atípico, a população do Distrito Federal tem encarado dias chuvosos. A chegada das precipitações em meio a um período conhecido pela seca acendeu o alerta de que não dá para descansar no combate ao Aedes aegypti. Isso porque um ovo do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela consegue ficar até 400 dias sem contato com a água, só aguardando o primeiro momento de chuva para eclodir.
“Essa chuva atípica chamou a nossa atenção para uma série de cuidados que precisam ser mantidos no período seco. Muitas vezes as pessoas se descuidam por não estar potencialmente criando um depósito. Só que o ovo do mosquito é muito resistente. Pode ficar mais de um ano ali sem ter contato com água até ter uma chuva, por exemplo, e eclodir”, revela o diretor da Vigilância Ambiental, Jadir Costa Filho.
Por isso, os cuidados contra o mosquito devem ser constantes. A primeira recomendação é retirar os objetos que podem acumular água, como latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos, das áreas externas. Mantenha atenção também aos vasos de plantas, colocando areia até a borda; às calhas, que devem ser mantidas desobstruídas, e às caixas-d’água, que devem estar tampadas. O objetivo é evitar que os itens sejam usados como depósitos pela fêmea do Aedes aegypti.
“O principal é dedicar pelo menos 10 minutos por semana para fazer esse manejo dentro de casa. Esse planejamento é importante antes mesmo da chegada das chuvas no período da seca, para que possamos visualizar os possíveis depósitos e evitar o nascimento do mosquito”, acrescenta Jadir.
Durante o ano todo, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), vinculada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), promove ações de combate à dengue, com fumacê, manejo ambiental, controle químico, inspeções dos agentes de vigilância a residências e investimento em novas tecnologias.