Escolas de Taguatinga lutam contra o racismo com música e dança

A cultura afro-brasileira foi celebrada em toda sua diversidade na terceira edição do Taguatinga

A cultura afro-brasileira foi celebrada em toda sua diversidade na terceira edição do Taguatinga Plural. Nesta quinta-feira (24), música, dança e pintura marcaram a abertura do projeto, que debate pautas antirracistas na rede pública de ensino. Alunos de 15 escolas da região administrativa participaram do evento organizado no auditório da Escola Classe 26 de Setembro.

O Taguatinga Plural foi a maneira encontrada pela Coordenação Regional de Ensino da cidade para atender de forma completa e lúdica à Lei nº 10.639, que torna obrigatória o estudo da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas de todo o país. A iniciativa, que abrange os ensinos infantil, fundamental e médio, coloca a educação no papel de protagonista na luta contra o racismo.

“A pauta antirracista é extremamente necessária. Mais de 57% dos brasileiros são negros. Essa população não pode ficar invisibilizada”, reflete a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF), Iêdes Braga. “A gente precisa discutir essa temática desde a mais tenra idade porque só vamos construir uma sociedade efetivamente inclusiva quando mudarmos as percepções e concepções dos nossos jovens.”

Coordenador do Taguatinga Plural, o professor André Lúcio Bento ressalta que o Brasil é o país que tem a maior população negra fora da África. “Temos uma herança cultural africana muito forte: costumes, hábitos, culinária. O projeto resgata isso, dando autonomia para cada escola decidir como vai trabalhar o tema, de acordo com a idade dos alunos”, explica. “A ideia é colaborar para a construção de um país mais justo do ponto de vista racial”.

As atividades do Taguatinga Plural estão presentes na rotina diária das escolas participantes. O coordenador da regional de ensino da cidade, Murilo Marconi, explica que temas como direitos humanos e respeito ao próximo não devem ser debatidos apenas no Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Por isso, o projeto foca em levar a temática para dentro da sala de aula, com a ajuda do grafite, da música e da literatura.

Fique ligado em tudo o que acontece em Brasília

Cadastra-se para receber atualizações exclusivas, novidades e descontos exclusivos.

Você sabia que o Agita Brasília está no Facebook, Instagram, Telegram, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.