A Escola de Assistência Jurídica da Defensoria Pública do Distrito Federal (Easjur/DPDF) recebeu a terceira aula do curso de formação continuada em Atendimento do Direito de Família, Cultura de Paz e Mediação e Infância e Juventude nesta sexta-feira (18). Com o auditório lotado, o juiz do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) André Gomma ministrou palestra magna sobre as novas tendências e capacidades evolutivas para mediação e conciliação na Defensoria Pública. A aula também contou com a participação da analista em políticas públicas e gestão governamental Andrea Loli.
“Temos o dever de identificar o que está errado no sistema judicial e buscar a solução. Isso porque o usuário entra para resolver uma questão e retorna, em seguida, com mais litígios. A cultura de paz e mediação auxilia na resolução de conflitos e valoriza princípios como o respeito mútuo, a comunicação eficaz, a empatia e a compreensão. O papel do sistema de justiça muda a sociedade”, afirma André Gomma.
O defensor público-geral, Celestino Chupel, reforçou que a data é histórica e trouxe mudanças expressivas para o sistema judiciário no Distrito Federal e para todo o país. “As instituições se uniram e acreditaram em um projeto que tem como intuito restabelecer as relações sociais e fortalecer a cultura do não litígio. Os resultados apontam que essa é a melhor solução. Com um ano de criação da gerência de Cultura de Paz e Mediação da DPDF, foram realizados 3.185 atendimentos, com 75% dos conflitos resolvidos por meio de acordos”, pontua.
Para a subdefensora pública-geral Emmanuela Saboya, a junção dos três pilares da Justiça – Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e DPDF – para desburocratizar o sistema judiciário trará grandes benefícios. “A humanização do atendimento aos hipossuficientes oferece alternativas para resolver litígios de maneira mais amigável, como a mediação e a conciliação, priorizando a resolução pacífica de conflitos. Nosso intuito é levar a justiça itinerante para perto das pessoas que mais precisam”, disse.
Um ano da Gerência de Cultura de Paz e Mediação da DPDF