As graves consequências de algumas doenças não fazem mais parte do cotidiano da população brasileira porque, no passado, houve um grande esforço de imunização. “Não vemos mais pessoas com sequelas, sofrendo agravos por doenças que, no passado, tanto nos assolaram, porque, por muitas décadas, conseguimos manter altos níveis de cobertura vacinal”, destaca o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), Adriano de Oliveira. Mas, para que todos sigam protegidos, é preciso que cada um faça a sua parte e mantenha o cartão de vacinação atualizado.
No DF, há mais de 100 salas de vacina abertas em dias úteis. Além disso, semanalmente, a SES divulga pontos que funcionam também aos sábados, além do carro da vacina e ações externas, como vacinação em escolas, feiras e outros locais.
Na rede pública, estão disponíveis todos os imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação. “Mesmo não tendo uma gravidade imediata, existem várias doenças de longo curso que são igualmente importantes e que podem ressurgir de maneira muito preocupante para a sociedade e para o sistema de saúde”, pontua a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
Baixa cobertura
Com baixas coberturas vacinais sendo registradas em nível nacional, o Brasil já viu a volta do sarampo no território, que era considerado erradicado e retornou em 2018. O atual cenário de surto de coqueluche na Bolívia, país vizinho, com quase 700 casos já confirmados, também acende um alerta para a importância da vacinação. No DF, a cobertura para essa doença, que provoca tosses súbitas e incontroláveis e é mais arriscada para crianças de até um ano, está em cerca de 80%, abaixo da meta de 95%.