Até domingo (14), sete artesãos brasilienses estarão representando o Distrito Federal na 24ª edição da Feira Nacional de Negócios de Artesanato (Fenearte), no Centro de Eventos de Olinda (PE). Os produtos manuais derivados do Quadradinho estão à venda para o público que for visitar a feira, considerada a maior do segmento de artesanato da América Latina.
Os artesãos viajaram para Pernambuco com apoio da Secretaria de Turismo do DF (Setur), que disponibilizou o transporte dos insumos e produtos até o estado nordestino. Para a artesã Verônica Brilhante, 44, essa ação fez toda diferença. “Sem esse auxílio, seria impossível esse transporte dos nossos produtos, porque é caríssimo”, afirma.
“Com o apoio do GDF e do Ministério do Turismo, o artesanato da nossa capital vem crescendo cada vez mais”
Cristiano Araújo, secretário de Turismo
Representando o DF no trabalho com as flores secas do Cerrado e participando da Fenearte há 14 anos, a artesã ressalta a importância da feira para um negócio que sustenta a família há gerações: “É uma oportunidade muito grande, um sonho realizado. Estamos vendendo bem, já foram R$ 17,5 mil em vendas. Há 65 anos minha mãe trabalha com flores secas e minha família vive dessa arte. A flor do Cerrado me proporciona uma boa condição de vida”.
Arte lucrativa
Verônica é uma entre os mais de 14 mil artesãos regulamentados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab) na capital em 2023. No mesmo ano, a atividade bateu recorde de arrecadação com a comercialização de produtos, alcançando mais de R$ 1,5 milhão.
A secretaria presta auxílio desde a capacitação profissional até a disponibilização de espaços para comercialização. Por meio de um programa elaborado em parceria com a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Renda do DF (Sedet), os produtores manuais também têm acesso à linha de microcrédito de até R$ 2,5 mil e apoio para garantir a participação dos profissionais locais em eventos fora de Brasília, como a Fenearte.
“Esta feira é um importante evento para os artesãos e manualistas de todo o Brasil”, ressalta o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. “A Secretaria de Turismo trabalha para gerar cada vez mais oportunidades para os artesãos e manualistas brasilienses. Nesta edição da Fenearte, temos sete artesãos representando Brasília e a previsão de vendas superior a R$ 110 mil. Com o apoio do GDF e do Ministério do Turismo, o artesanato da nossa capital vem crescendo cada vez mais.”
Renda principal
O artesão José do Patrocínio, 56, é um dos artesãos que também representam o DF na feira em Pernambuco. Além de ter o artesanato como renda principal, é nesse ofício que ele afirma ter se encontrado na vida: “Eu descobri um diálogo comigo mesmo por meio da confecção dessas peças. O artesanato tem o poder de despertar um potencial de que você pode fazer e me disciplina muito”.
Trabalhando com a marcenaria criativa, José se inscreveu pelo edital da Setur e foi selecionado para expor os itens que, de acordo com ele, expandem a funcionalidade dos objetos – como luminárias de madeira e peças feitas a partir de outros objetos, como ferros de passar antigos. “Essa feira significa um leque de oportunidades para o crescimento. Posso interagir com artesãos do Brasil todo; eu nunca vi tanta gente reunida em um evento de artesanato”, observa.
Segundo o chefe da Unidade de Promoção ao Artesanato e ao Trabalho Manual (Unart) da Setur, Klever Antunes, a Fenearte movimenta muito a economia da capital federal por meio dos artesãos brasilienses e de outros estados. No último ano, a média de venda da Fenearte foi de R$ 80 mil, e a meta é bater R$ 130 mil, este ano.
“Quatro entre sete artesãos chamados nunca foram, estão lá pela primeira vez”, revela Klever. “Durante os cinco dias de evento, é esperado um público 20% maior do que o registrado em 2023, então é uma oportunidade ímpar participar da maior feira da América Latina.”
Fonte: Agencia Brasília