A vacina contra o HPV pode ser aplicada agora também em pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP). A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) ampliou a vacinação por orientação do Ministério da Saúde (MS) no início de julho. Com isso, será possível reforçar ainda mais a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cânceres causados pelo HPV.
A vacina está disponível em todas as salas de vacinas do DF, incluindo os cinco Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Norte (Hran), em Ceilândia (HRC), em Taguatinga (HRT) e no Gama (HRG). Confira aqui os locais de vacinação em todo o DF.
Segundo a gerente substituta da Rede de Frio do DF, Karine Castro, quem tiver indicação já pode procurar um ponto de vacinação. “Esse público precisa de prescrição para receber a vacina, podendo ser tanto da rede pública quanto da rede privada de saúde. As categorias profissionais que podem prescrever a vacina contra HPV a usuários em PrEP de 15 a 45 anos são as categorias médica, de enfermagem e farmacêutica”, alerta.
O papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês) é um vírus capaz de infectar tanto a pele quanto as mucosas oral, genital e anal, provocando verrugas ou lesões que podem evoluir para um câncer. O HPV é uma infecção sexualmente transmissível, mas, além do sexo com penetração, a transmissão pode ocorrer por contato pele a pele, uma vez que as lesões são altamente infectantes.
Prevenção ao câncer
A responsável técnica pela vigilância da sífilis e gerente substituta da Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, a enfermeira Daniela Magalhães, explica que quase todos os casos de câncer de colo do útero podem ser atribuídos à infecção pelo HPV. Segundo ela, alguns tipos do vírus também podem ocasionar câncer do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe, que são evitáveis com a adoção de estratégias de prevenção. A principal delas é a vacinação contra o HPV, atualmente indicada para pré-adolescentes, adolescentes e pessoas que vivem com HIV.
“A vacinação contra o HPV é uma estratégia de prevenção que, combinada com outras medidas, como o uso de preservativos, pode prevenir a infecção. O ideal é que a vacina seja administrada antes do contato sexual, por isso recomenda-se a vacinação de adolescentes na faixa etária de 9 a 14 anos, atualmente em dose única”
Daniela Magalhães, gerente substituta da Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis
A especialista reforça que a maioria das mulheres e homens sexualmente ativos pode ser infectada em algum momento de suas vidas, e algumas pessoas podem apresentar infecções recorrentes. A infecção pode surgir pouco depois do início das atividades sexuais.
“A vacinação contra o HPV é uma estratégia de prevenção que, combinada com outras medidas, como o uso de preservativos, pode prevenir a infecção. O ideal é que a vacina seja administrada antes do contato sexual, por isso recomenda-se a vacinação de adolescentes na faixa etária de 9 a 14 anos, atualmente em dose única”, alerta.
Vacina para crianças e adolescentes
Em abril deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SES-DF, iniciou a aplicação da dose única da vacina contra o HPV em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. A mudança no protocolo segue orientação do Ministério da Saúde e visa aumentar a cobertura contra o vírus. Até então, a vacina era feita em duas doses.
Para receber o imunizante, pais ou responsáveis devem ir a uma sala de vacinação com documento de identificação da criança ou adolescente e a caderneta de vacinação.
Público alvo da vacinação contra HPV:
– Crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, no esquema de dose única
– Indivíduos imunocomprometidos de 9 a 45 anos (pessoas vivendo com HIV e aids – PVHA, pacientes oncológicos e transplantados), no esquema de três doses. No esquema de três doses, a segunda deve ser aplicada dois meses depois da primeira; e, a terceira, seis meses depois da primeira
– Pessoas de 15 a 45 anos imunocompetentes vítimas de violência sexual, com esquema de três doses
– Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR), a partir de 2 anos de idade, com esquema de três doses
– Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos que também sejam imunocompetentes vítimas de violência sexual devem receber duas aplicações, com espaço de 6 meses entre elas
*Com informações da SES-DF
Fonte: Agencia Brasília