Guardião da história do Distrito Federal, Arquivo Público celebra 40 anos de existência

Brasília está prestes a completar 65 anos. Apesar da pouca idade, a capital federal


Brasília está prestes a completar 65 anos. Apesar da pouca idade, a capital federal tem uma história vasta, inclusive porque sua origem é bem anterior a 1960. E toda essa história está documentada no Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), órgão que celebra 40 anos de existência nesta sexta-feira (14).

O Arquivo Público do Distrito Federal, instituição responsável pela preservação da memória da capital, comemora 40 anos nesta sexta (14) | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“Os 40 anos chegam em um momento em que o Arquivo Público se posiciona como uma das instituições de guarda e preservação de memória mais importante do país, até porque somos reconhecidos pela Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] com o selo de Memória do Mundo. E nós também aproveitamos para celebrar a chegada de acervos que ajudam a integralizar, a contextualizar, a entender, a compreender a história de Brasília de uma forma mais ampla”, exaltou o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano.

Os acervos a que ele se refere são coleções particulares – que, agora, serão incorporadas ao Arquivo Público – de grandes protagonistas da história de Brasília, sejam pessoas ou espaços, como o Teatro Goldoni, Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Lucio Costa. O acervo deste último, aliás, veio após assinatura de acordo entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Casa da Arquitectura de Portugal, e inclui rascunhos inéditos do projeto original do Plano Piloto.

Coleções particulares de grandes protagonistas da história de Brasília – como Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Lucio Costa – serão incorporadas ao acervo do Arquivo Público

As celebrações dos 40 anos do ArPDF ainda contemplam outras ações, que seguirão até o fim do ano. Parte delas já foi divulgada – outras ainda serão anunciadas. Entre os destaques, estão a renovação da identidade visual do órgão, com uma nova marca para comemorar as quatro décadas; a intervenção artística nas fachadas da sede, com grafites que remetem à história e aos monumentos de Brasília; o lançamento de um box, em parceria com o Senac, com as cadernetas da Comissão Cruls – que, em 1892, promoveu a primeira jornada ao interior do país para delimitar o local onde seria erguida a nova capital; o lançamento de um livro com a história do Arquivo Público; e a criação da Comenda Ernesto Silva para homenagear pessoas e instituições que contribuíram para preservação da memória do DF.

Haverá ainda uma mostra de cinema com as primeiras imagens da capital federal. “O Arquivo Público tem cerca de 1,1 mil rolos cinematográficos do nosso acervo que precisavam de digitalização e nós iniciamos esse processo de digitalização e vamos brindar a cidade com essas primeiras imagens da construção do Planalto Central. Vamos fazer isso em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e devemos fazer essa coletânea no Cine Brasília”, apontou o superintendente.

Com um rico acervo, que inclui as plantas originais da construção de Brasília e carteiras de trabalho de funcionários que atuaram nas obras, o Arquivo Público é reconhecido pela Unesco com o selo de Memória do Mundo

História

Criado em 1985, por meio do Decreto nº 8.530, o Arquivo Público do Distrito Federal é vinculado à Casa Civil do DF e tem a responsabilidade de planejar e coordenar o recolhimento de documentos produzidos e acumulados pelo Poder Executivo local, assim como documentos privados de interesse público. No local, estão, por exemplo, documentos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), como as plantas originais da construção de Brasília, carteiras de trabalho de funcionários que atuaram nas obras e a ata do concurso para escolher o projeto do Plano Piloto. Foi essa coleção que rendeu ao ArPDF o selo da Unesco de Memória do Mundo, em 2007.

“São riquezas enormes”, enfatizou o historiador Elias Manoel da Silva, que trabalha no local há 20 anos. “O Arquivo Público e Brasília são duas dimensões de uma só coisa. Enquanto a capital construída é o corpo físico, o Arquivo Público é a alma”, arrematou.



Fonte: Agencia Brasília

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