Brasília perde um de seus maiores defensores da cultura. Guilherme Reis, ator, diretor, gestor cultural e ex-secretário de Cultura do Distrito Federal, faleceu nesta quarta-feira (24), aos 70 anos, deixando um legado que atravessa instituições, leis e gerações.
Figura central no teatro, no cinema e na gestão cultural, Guilherme deixou uma marca indelével na cena artística brasileira. Fundador e curador do Festival Cena Contemporânea, referência nacional e internacional desde 1995, trouxe a Brasília espetáculos de grande relevância, ampliando horizontes e aproximando públicos da produção cultural contemporânea. Sua trajetória no teatro e no cinema foi marcada por atuações memoráveis, direções premiadas e um compromisso contínuo com a formação, a produção e a difusão cultural.
Em 2015, Guilherme Reis assumiu a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, onde atuou até 2018. Durante sua gestão, liderou a criação da Lei Orgânica da Cultura, que estruturou o Sistema de Arte e Cultura do DF, e promoveu reformas em espaços fundamentais, como o Espaço Cultural Renato Russo e o Centro de Dança de Brasília. No mesmo ano, também presidiu o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.
O atual secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, prestou homenagem emocionada. “Tive a honra de sucedê-lo na Secretaria de Cultura. Para mim, ele foi mais do que um antecessor; foi uma inspiração. Guilherme não apenas idealizou a Lei Orgânica da Cultura e fundou o Sistema de Arte e Cultura do DF, mas também transformou espaços culturais da cidade”, conta o gestor.
“Recentemente, estive com ele em uma conversa muito agradável sobre o futuro e pude entregar-lhe em mãos a maior honraria cultural do DF, a Medalha do Mérito Cultural Seu Teodoro”, expressa o atual secretário.
As cerimônias de despedida ocorrerão nesta quinta-feira (25), no foyer da Sala Martins Pena do Teatro Nacional, das 12h30 às 15h. Em seguida, o corpo seguirá para cremação em cerimônia restrita aos familiares.
Mais do que gestor ou artista, Guilherme Reis será lembrado como um apaixonado pela cultura e pela cidade de Brasília. Seu trabalho, sua paixão e sua dedicação permanecem eternos na memória e no coração de todos que foram tocados por sua arte e sua visão.
Fonte: SECEC-DF









