O Restaurante Comunitário do Paranoá será reaberto nesta sexta-feira (3) após um período fechado para reforma nas instalações. A unidade não passava por manutenção integral desde a inauguração, há 20 anos. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, confirmou a data e respondeu a questionamentos da população e de deputados distritais em audiência pública sobre o funcionamento dos restaurantes comunitários, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta terça-feira (30).
“É muito importante esse espaço para a gente poder ouvir a população. Eu fiz questão de estar aqui com vocês hoje porque a gente precisa desse termômetro. A gente coloca caixinha [avaliação do atendimento] em cada restaurante comunitário e podem ter certeza que lemos e escutamos tudo”, declarou Ana Paula Marra.
Veja abaixo os principais temas abordados pela secretária no encontro com os parlamentares
Restaurante Comunitário de Planaltina
Ana Paula Marra informou que a previsão inicial de reabertura é para a primeira quinzena de novembro, mas que vai fazer estudos junto com as áreas técnicas para que a entrega seja ainda em outubro. “A Secretaria vai disponibilizar ônibus gratuito para a população almoçar no Restaurante Comunitário de Sobradinho II, a partir de 9 de outubro, saindo às 10h40 e às 12h”, complementou.
Quantidade de refeições por pessoa
O deputado Joaquim Roriz Neto solicitou explicações à secretária sobre o cumprimento da lei de autoria dele que prevê que toda pessoa com cadastro único tenha direito a adquirir quatro refeições, geralmente em marmitas. Hoje, cada pessoa tem direito a duas refeições. A secretária explicou que um dos desafios é o saldo contratual, além do uso indevido da medida, quando era permitido mais de duas refeições por pessoa durante a pandemia de Covid-19.
“Se a gente libera quatro, cinco, seis, dez, ocorre o que aconteceu na pandemia: a venda de marmitas, empresas que compram para todos os funcionários e não pagam o vale-alimentação”
Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social
“Nos contratos com as empresas que administram os restaurantes comunitários, a gente faz uma previsão da quantidade de refeições que são fornecidas em cada restaurante todos os dias. Se a gente libera quatro, cinco, seis, dez, ocorre o que aconteceu na pandemia: a venda de marmitas, empresas que compram para todos os funcionários e não pagam o vale-alimentação. Aí o saldo contratual estoura e acaba o dinheiro para o restaurante comunitário,” pontuou a gestora.
Ana Paula também falou do desafio de informatização da bilheteria dos restaurantes comunitários para identificar quem possui Cadastro Único e, assim, poder efetivar a medida no futuro. A Sedes já implementou o cadastramento de frequentadores em algumas unidades, como Varjão, Itapoã, Paranoá e Santa Maria.
Segurança nas unidades
A secretária informou que, além das câmeras internas, todos os restaurantes comunitários passarão a ter câmeras de segurança externas. O objetivo é coibir situações eventuais como furtos e identificar suspeitos em caso de brigas, entre outros.
A gestora também informou que os novos contratos de terceirizadas preveem dois vigilantes por unidade e afirmou que tem estudado a implementação de detector de metais nas entradas e saídas dos restaurantes, medida aplaudida pela população presente na audiência pública.
“A gente tem muitos furtos de talheres, como garfos e facas. Então, fizemos um teste e colocamos talheres de plástico, mas como cortar a carne? Teríamos de fazer a carne picada… Então, são vários detalhes”, revelou Ana Paula.
Por fim, Roriz Neto indagou a secretária sobre as condições de iluminação pública nas proximidades dos restaurantes. Ana Paula afirmou que vai se reunir com a Companhia Energética de Brasília (CEB Ipes) para mapear a situação.
Toldos para filas
A secretária Ana Paula Mara aproveitou a oportunidade para fazer um balanço da ampliação do serviço dos restaurantes comunitários. Medidas como a redução do preço do almoço de R$ 3 para R$ 1; ampliação das refeições para café da manhã e jantar; e de atendimento também aos domingos e feriados deram um salto de seis milhões de refeições por ano até 2018 para 14 milhões em 2024. Ela também reforçou a pesquisa de satisfação da população com os restaurantes comunitários, que bateu os 75%.
12 milhões
Número de refeições servidas nos restaurantes comunitários de janeiro a setembro
“De janeiro a setembro, tivemos 78 reclamações sobre os restaurantes comunitários no DF. Isso representa 0,005% em relação a 12 milhões de refeições servidas neste mesmo período. Ou seja, em 12 milhões de refeições nós tivemos 78 reclamações. Isso mostra que estamos no caminho certo e também que precisamos de todos vocês para melhorar esse serviço”, finalizou a secretária.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social