As obras de Radamés Gnattali e Guerra-Peixe serão revividas em Brasília. O projeto “Brasil Moderno em Piano: Guerra-Peixe e Radamés Gnattali” chega para homenagear os eternos compositores com concertos ao vivo de piano solo e, também, lançamentos de álbuns digitais com suas obras mais célebres. Realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, essa homenagem visa resgatar a música e alma desses músicos que fizeram e fazem história na cultura popular e erudita brasileira. À frente, estão os renomados músicos Diogo Monzo e Pablo V Marquine que irão interpretar os grandes mestres.
As apresentações presenciais acontecem no dia 24 de novembro em recitais-palestras com mediação sobre a importância de Guerra-Peixe e Radamés Gnattali, às 14h e às 20h, na Casa Thomas Jefferson (706 Sul). Gratuito e com acessibilidade. Livre para todos os públicos.
Na sessão da noite, Monzo e Marquine contarão com a presença da pianista Ligia Moreno. No repertório, clássicas como “Preciosa”, Vaidosa nº 3″, de Radamés Gnattali, e “Mourão”, “Ponteado”, de Guerra-Peixe, serão rememoradas em arranjos únicos.
Histórico
As obras de Guerra-Peixe (1914-1993) caracterizam-se pela integração de elementos da música folclórica brasileira com técnicas de composição erudita. O compositor ficou conhecido por incorporar ritmos, melodias e harmonias tradicionais do Brasil em suas composições, criando um estilo único que reflete a riqueza cultural do País.
“Como um artista inquieto e apaixonado, Guerra-Peixe tornou-se um dos compositores brasileiros mais polivalentes do século XX. Sua pulsão criadora atravessou processos de autoidentificação e tensão dialética, ora abraçando a ruptura vanguardista, ora se voltando à riqueza do folclore e dos regionalismos brasileiros. Dessa trajetória emerge um repertório pianístico singular — dissímil, vigoroso e profundamente revelador do ser brasileiro”, afirma Pablo Marquine.
Já a obra de Radamés Gnattali (1906-1988) une a música erudita e popular brasileira. Integra elementos do choro, samba e outras formas populares brasileiras com técnicas e estruturas da música clássica.
“Ele foi virtuoso tanto no piano quanto na orquestração. Sua capacidade de transitar entre esses dois mundos musicais o tornou uma figura central na música brasileira do século 20”, destaca Diogo Monzo, que também assina a direção artística.
O projeto nasce assim da vontade de reviver compositores consagrados do século 20, formar plateia e trocar com músicos e interessados do Distrito Federal. Além de promover a acessibilidade com tradução em libras e audiodescrição e nos lançamentos de arranjos únicos das obras dos compositores que serão disponibilizados na internet. Assinam também os arranjos Diogo Monzo e Pablo Marquine.
Serviço
Data: 24 de novembro
Horários: 14h e 20h
Local: Casa Thomas Jefferson (706 Sul)
Gratuito e com acessibilidade
Livre para todos os públicos
Fonte: Clara Camarano
