A 15ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos (MCDH) chega a Brasília entre 27 e 30 de novembro, com programação gratuita no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A edição deste ano amplia debates já presentes na COP30, realizada em Belém, ao reunir filmes e conversas sobre emergência climática, justiça ambiental e modos de vida sustentáveis de povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a mostra é uma das principais iniciativas da pasta dedicadas à educação e à cultura em direitos humanos. A curadoria reúne produções dirigidas majoritariamente por cineastas de comunidades tradicionais, com obras que abordam memória, território, resistência e impactos socioambientais no país.
A cineasta Sueli Maxakali, liderança do povo Tikmũ’ũn e referência no cinema indígena, é a homenageada desta edição. Seu longa “Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá”, vencedor de festivais como o de Brasília e o CachoeiraDoc, abre a programação nacional.
Entre os destaques, estão títulos como “Ainda Há Moradores Aqui”, sobre o desastre urbano causado pela Braskem em Maceió; “Pau D’Arco”, que acompanha conflitos rurais no Pará; “SUKANDE KASÁKÁ | Terra Doente”, sobre os efeitos dos agrotóxicos em terras indígenas; e “Faísca”, que retrata o protagonismo feminino na proteção da fauna em territórios tradicionais.
A programação inclui quatro sessões temáticas — Infantil, Terra/Nêgo Bispo, Água/Antônia Melo e Floresta/Raoni — que propõem diferentes perspectivas sobre a relação entre humanidade e natureza. Todas as exibições contam com Libras e Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE), além de debates acessíveis ao público.
Nas semanas que antecederam o evento, a mostra também realizou a oficina “Imagens do comum: cinema, educação e direitos humanos”, com o objetivo de incentivar a reflexão crítica sobre representações audiovisuais e fortalecer práticas de educação em direitos humanos no DF.
Criada em 2006, a Mostra de Cinema e Direitos Humanos consolidou-se como um dos principais espaços de difusão do audiovisual nacional voltado para a promoção da dignidade, do respeito às diferenças e da formação cidadã.
PROGRAMAÇÃO:
27/11 (qui)
18h – Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá
28/11 (sex)
14h – Amazônia sem Garimpo
No início do Mundo
Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa
18h30 – Eu sou Raiz
Ainda Há Moradores Aqui
Pau D’Arco
29/11 (sáb)
14h – Ga vī: a voz do barro
Òsányìn: O segredo das folhas
Do Colo da Terra
18h30 – Kutala
Rio de Mulheres
Cerrado, Coração das Águas: Conexão Caatinga
As Lavadeiras do Rio Acaraú transformam a embarcação em nave de condução
Volta Grande
Rua do Pescador, Nº 6
30/11 (dom)
15h – SUKANDE KASÁKÁ | Terra Doente
Faísca
Grão
Curupira e a Máquina do Destino
19h – Sede de Rio
SERVIÇO
Quando: De 27 a 30 de novembro de 2025
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Brasília) – Asa Sul – Trecho 2 – Asa Sul, Brasília (DF)
Gratuito
Classificação indicativa: confira a programação
Realização: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Mais informações: https://www.instagram.com/mcdh.oficial/
Fonte: Raphaelle Batista






