MAB apresenta “Diálogos da Liberdade” e revisita a origem artística de Brasília


A história de Brasília, desde seus primeiros traços até a consolidação de um imaginário artístico próprio, é o ponto de partida da exposição “Diálogos da Liberdade na Coleção Brasília”, em cartaz no Museu de Arte de Brasília (MAB). A mostra reúne obras do acervo do museu e da Coleção Brasília – Acervo Izolete e Domício Pereira, propondo um percurso sensível que articula arte, política, memória e criação como expressões de liberdade.

O eixo curatorial da exposição é o álbum “Brasília 1960 – O Mais Arrojado Plano Arquitetônico do Mundo”, de autoria do fotógrafo Mário Fontenelle, responsável por registrar oficialmente a construção da capital durante o governo de Juscelino Kubitschek. Composto por 24 imagens em preto e branco realizadas entre 1958 e 1960, o conjunto documenta tanto o processo de edificação da cidade quanto o imaginário de modernidade que marcou sua inauguração, em 21 de abril de 1960.

Em diálogo com esse núcleo histórico, a mostra apresenta obras de artistas fundamentais para a consolidação visual e simbólica de Brasília, como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Roberto Burle Marx, Athos Bulcão, Marianne Peretti, Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Zeno Zani e Ake Borglund. Produções de artistas contemporâneos, entre eles Honório Peçanha, Ziraldo, Danilo Barbosa e Carlos Bracher, ampliam as leituras e reforçam a ideia de liberdade criadora atravessando diferentes gerações.

O percurso expositivo inclui ainda objetos de época e curiosidades históricas, como a maquete de lançamento da Romi-Isetta, peças do serviço do Palácio da Alvorada e a primeira fotografia de satélite do Plano Piloto. No campo documental, ganham destaque a carta-depoimento de Juscelino Kubitschek, escrita em 1961, ao final de seu governo, e a homenagem da Igreja Católica a Dom Bosco, padroeiro de Brasília, com fragmentos de suas vestes.

Entre os destaques contemporâneos está a obra “Museu Imaginado”, de Carlos Bracher, doada ao MAB pelo artista e pelo curador Cláudio Pereira. A peça propõe uma reflexão sobre os limites entre instituição, memória e imaginação, tensionando o papel dos museus e das coleções no tempo presente.

Para ampliar a experiência do público, a exposição incorpora recursos audiovisuais, como a gravação da carta-depoimento de JK, um minidocumentário sobre o álbum Brasília 1960 e uma versão colorizada das imagens históricas por meio de processos de inteligência artificial. A proposta curatorial estimula leituras cruzadas e convida à reflexão sobre a construção da identidade cultural brasileira, destacando o diálogo como fundamento de uma sociedade livre e democrática.

Serviço

Exposição: Diálogos da Liberdade na Coleção Brasília
Local: Museu de Arte de Brasília (MAB)
Período: de 26 de dezembro de 2025 a 26 de fevereiro de 2026
Horário: das 10h às 19h, de segunda a domingo (exceto às terças-feiras)
Instagram: @museudeartedebrasilia
Contato: (61) 3306-1375

 

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