O Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, coordenado pela Casa Civil do Distrito Federal, atendeu, na última semana, 49 pessoas em diferentes locais do Distrito Federal.
“Estamos chegando ao fim de um ano em que a política pública para pessoas em situação de rua se fortaleceu ainda mais. Inauguramos o primeiro hotel social e estamos trabalhando para que outras unidades possam ser abertas, reforçando o trabalho de acolhimento que estamos desenvolvendo”, afirmou o secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha.
Segundo o secretário, o novo equipamento se consolidou como um eixo central da política pública. “Esse equipamento se tornou a principal porta de entrada para políticas públicas de longa duração destinadas a essas pessoas, e a procura diária, quase no limite da ocupação, reforça que a população em vulnerabilidade extrema tem confiado no nosso trabalho.”
Balanço semanal
Entre terça-feira (16) e domingo (20), as equipes atuaram em 12 pontos do Plano Piloto, Ceilândia e Lago Sul. Ao longo das ações, foram desconstituídas 14 estruturas precárias e removidos nove caminhões de entulho, com destinação dos materiais inservíveis à Unidade de Recebimento de Entulho (URE).
No Plano Piloto, as abordagens ocorreram em cinco pontos, como SHS Quadra 02, CLS 302, CLS 303, SCS, buraco do Rato, e 904 Sul. Nessas áreas, 12 estruturas foram desmontadas, 26 pessoas receberam atendimento e dois caminhões de entulho foram retirados.
Em Ceilândia, a ação passou por três pontos da Avenida Hélio Prates entre a QNM 01/02 e QNM 01/02 e na CNM 01/03 centro. Nesses locais, duas estruturas foram desfeitas, três pessoas foram atendidas e três caminhões de entulho removidos.
Já no Lago Sul, as equipes atuaram em dois pontos da QI 16, no sábado e no domingo. Ao todo, 20 pessoas foram encontradas e atendidas, com a retirada de quatro caminhões de entulho.
Acolhimento ampliado
As ações fazem parte do esforço integrado do Governo do Distrito Federal para garantir acolhimento humanizado, acesso a serviços públicos e encaminhamentos adequados à população em situação de rua.
O Distrito Federal foi a primeira unidade da Federação a apresentar um plano de política pública após a suspensão das ações de abordagem à população de rua pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As ações de acolhimento começaram a ser implementadas após uma fase de testes em maio de 2024, quando o GDF promoveu visitas na Asa Sul e em Taguatinga, atendendo cerca de 50 pessoas com assistência social e oferta de serviços públicos.
Política distrital
Em 27 de maio de 2024, o GDF tornou oficial o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Desde então, ocorrem ações semanais em diversos pontos do Distrito Federal. Os órgãos do governo já passaram por regiões como Plano Piloto, Vila Planalto, Taguatinga Norte e Sul, Ceilândia, Águas Claras e Arniqueira.
Em julho deste ano, a vice-governadora Celina Leão, então em exercício como governadora, assinou decreto que lançou o programa Acolhe DF, que propõe busca ativa e oferta de tratamento a pessoas em situação de rua com vício em drogas — tanto as ilícitas quanto álcool e tabaco —, criando uma linha de atendimento a essas pessoas e, consequentemente, aprimorando as ações já existentes do GDF voltadas a esse público.
Também em julho, o GDF inaugurou o primeiro hotel social da capital da República, destinado a acolher e abrigar a população em situação de rua.
O equipamento oferece 200 vagas para pernoite e recebe também animais de estimação. Só na primeira semana, foram registrados mais de mil acolhimentos no local.
Além disso, desde 2022, o governo promove, em períodos de baixas temperaturas, a chamada Ação Contra o Frio, com oferta de espaços públicos para pernoite de pessoas em situação de rua. Apenas neste ano, a unidade aberta na Asa Sul registrou 6,6 mil atendimentos. No local, também foram oferecidos casacos e cobertores arrecadados por meio da campanha Agasalho Solidário, da Chefia-Executiva de Políticas Sociais.









