Cartilha ajuda a combater preconceito contra a dermatite atópica

A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou um guia prático para orientar pais, cuidadores e profissionais da Atenção Primária à Saúde...

A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou um guia prático para orientar pais, cuidadores e profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) no manejo da dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico. A publicação reúne recomendações atualizadas de fontes nacionais e internacionais, em linguagem acessível e adaptada à realidade das famílias atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica, de origem alérgica e hereditária, que causa ressecamento, coceira, descamação e vermelhidão na pele. Apesar de ser a forma mais comum de dermatite, a condição ainda é cercada de mitos.

José Ramos:  “Quando a família entende como cuidar da pele em casa, conseguimos reduzir o número de crises, melhorar a adesão ao tratamento e aumentar a qualidade de vida” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF

“Muitas pessoas acreditam que se trata de uma doença contagiosa, mas isso não é verdade. Esse estigma provoca constrangimento e sofrimento emocional, principalmente em crianças e adolescentes. O guia vem justamente para ampliar a informação e fortalecer a rede de apoio às famílias”, explica o médico José Ramos, referência técnica distrital em Saúde da Família e Comunidade.

Orientações práticas

O guia reúne medidas simples e eficazes para o controle da doença, como a hidratação contínua da pele, o uso correto de corticoides tópicos, o reconhecimento precoce de sinais de infecção e a técnica do pijama úmido. Também orienta a evitar fatores desencadeadores, como banhos quentes, exposição a poeira, mofo, ácaros, pólen e situações de estresse.

Segundo Ramos, a informação correta pode transformar o cuidado: “Quando a família entende como cuidar da pele em casa, conseguimos reduzir o número de crises, melhorar a adesão ao tratamento e aumentar a qualidade de vida. É uma forma de tornar o SUS mais resolutivo e próximo da comunidade”.

O guia reúne medidas simples e eficazes para o controle da doença, como a hidratação contínua da pele, o uso correto de corticoides tópicos, o reconhecimento precoce de sinais de infecção e a técnica do pijama úmido

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 35% da população mundial conviva com algum tipo de alergia e projeta que, até 2050, metade da população poderá ser afetada. No Brasil, milhões de pessoas vivem com dermatite atópica em diferentes graus.

Além do impacto clínico, a doença pode trazer consequências sociais. A visibilidade das lesões, especialmente em crianças, pode gerar isolamento, bullying e baixa autoestima. Para Ramos, combater a desinformação é essencial: “O conhecimento é o primeiro passo para quebrar preconceitos e garantir acolhimento”.

Base científica

O documento foi produzido a partir de referências reconhecidas, como o UpToDate (2025), o Guia prático de tratamento da dermatite atópica grave da Asbai/SBP (2023) e o Tratado de Pediatria (2025). Todo o conteúdo foi adaptado ao contexto da Atenção Primária, respeitando princípios de equidade, integralidade e ética em saúde.

A SES-DF informa que o material já está disponível para profissionais e será distribuído em unidades básicas, escolas e canais digitais da pasta, fortalecendo a rede de cuidado e o combate à desinformação.

*Com informações da Secretaria de Saúde
 

Agencia Brasília

Fique ligado em tudo o que acontece em Brasília

Cadastra-se para receber atualizações exclusivas, novidades e descontos exclusivos.

Você sabia que o Agita Brasília está no Facebook, Instagram, Telegram, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

BUSCAR

MENU