Muita alegria, correria e animação. Além de manter a energia de quem participa da Colônia de Férias no Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião (COP São Sebastião), os principais objetivos nas atividades, pensadas para crianças e adolescentes com idades entre 4 e 17 anos, são incentivar o respeito e a inclusão.
O evento, que ocorre de 28 a 31 de janeiro, é totalmente gratuito e inclui atividades esportivas, recreação, musicalização, contação de histórias, oficinas e alongamentos. Todas as opções são planejadas de acordo com a capacidade e a faixa etária dos participantes, nos turnos matutino e vespertino.
“A colônia é voltada para a comunidade, e buscamos a inclusão em todas as modalidades dentro do centro olímpico”, destaca a diretora do Cop São Sebastião, Camila Meireles. Ao todo, 20 alunos com deficiência participam da programação.
Além de estimular a criatividade e a experimentação, as atividades da colônia beneficiam o desenvolvimento cognitivo dos participantes. Para o coordenador pedagógico do Cop São Sebastião, Gilvan Carvalho, a iniciativa é essencial para a socialização das crianças.
“Como a colônia é aberta para todos, ninguém se sente excluído. Buscamos incentivar a interação e mostrar que todos são capazes de participar”, afirma.
Interação e aprendizado
Os irmãos Glória Maria Silva Lima, 6 anos, e Levi Silva Lima, 9, diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA), estão aproveitando cada momento da colônia. Glória se encantou com as brincadeiras da gincana, como pique-pega e pique-esconde, enquanto Levi está ansioso para ver sua equipe vencer a competição.
“Acho que meu grupo foi o mais rápido e que vamos ganhar”, diz o garoto, animado. Além de experimentar novas atividades, como o karatê, o que ele mais gosta é de fazer novos amigos. “É muito legal conhecer outras crianças”, completa.
A mãe, Myllena Patrycia Silva, 31 anos, acompanha de perto a participação dos filhos e comemora os avanços. “É maravilhoso ter um ambiente que acolhe e respeita as diferenças, sem tentar padronizar as crianças. Esse é um dos passos para que eles se envolvam mais com a sociedade”, afirma a mãe. Essa é a primeira vez que Myllena inscreve os filhos em uma colônia de férias.
“Fiquei mais tranquila porque já conhecia o trabalho dos professores e sabia que seria um momento importante para o desenvolvimento deles.” Para ela, a rotina estruturada da colônia também é um diferencial. “Crianças com TEA precisam de rotina, e manter essa organização mesmo nas férias faz muito bem para elas”, conclui.
Fonte: Agencia Brasília