Por Maria Eduarda Lima – Especial para JBr
Icônica e popular, a pizza é uma das “marcas registradas” da cultura e da gastronomia italiana, país em que a famosa redonda se aperfeiçoou e ganhou a apresentação que conhecemos hoje. Mas sua verdadeira origem está no Oriente Médio, onde por volta do século VI a.C., gregos e egípcios criaram uma receita de pão árabe com a massa plana, fina e em formato circular, utilizando água e farinha de trigo.
A chegada ao Brasil acontece somente no século XIX com os imigrantes italianos. Contudo, isso não impediu que a pizza se tornasse, atualmente, um dos pratos mais consumidos pelos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra) revelou números impressionantes aqui no país. Segundo o levantamento, estima-se que aproximadamente 1,9 milhões de pizzas são produzidas diariamente pelo segmento, com uma média de 1.319 unidades por minuto, se considerarmos as 24 horas do dia. Mas como grande parte das casas trabalham a partir das 18h, então, o ritmo nas cozinhas é bem mais acelerado e o apetite dos brasileiros pelo prato também. Segundo uma outra pesquisa conduzida pela VR Soluções, 37% dos entrevistados afirmaram gastar, em média, entre R$ 31 e R$ 70 em uma pizza. O levantamento também traz uma curiosidade: o jeito preferido de comer uma fatia, que para 66% é iniciando pela ponta, contra 13% que preferem começar pela borda.E, justamente, porque a pizza rende muito assunto, nada mais justo que um dia só para ela, não é mesmo? Hoje, 10 de julho, comemora-se o Dia Mundial da Pizza. E o JBr preparou para você um roteiro para ajudá-lo a conhecer mais sobre os diferentes preparos das pizzas e também explorar novos e consagrados endereços em Brasília. A verdadeira pizza napolitana
Mais que estilo, um modo de preparo e um sabor, a pizza Napolitana tem seu próprio certificado. Um selo é dado às pizzarias pela Associação Verace Pizza Napoletana (AVPN) para aquelas que seguem a receita exata, com os mesmos ingredientes e modo de preparo originais.
Existem mais de 1.000 pizzarias no mundo com o selo AVPN, sendo duas delas em Brasília. A Casa Baco e a Vinny’s Pizzeria Napoletana. Segundo o dono da Vinny´s, Vinicius Campos, o preparo da napolitana segue um processo específico. “A gente segue um padrão muito rígido para fazer uma pizza com na Itália. A Napolitana é assada no forno a 450ºC, por volta de 90 segundos. Para o preparo, exige-se uma farinha específica, uma técnica de abertura com as mãos e, no mínimo, de 12 horas de longa fermentação”, explica Vinicius.
A Vinnys nasceu há 10 anos em um food truck. Depois cresceu para uma segunda unidade de food truck. Com o sucesso, migraram para uma loja física, na 205 Sul.
Vinny’s Pizzeria Napolitana / Reprodução do Instagram
Vinny’s Pizzeria Napolitana / Reprodução do Instagram
Vinny’s Pizzeria Napolitana / Reprodução do Instagram
A Casa Baco, com mais de 25 anos no mercado, está entre as 50 melhores pizzarias da América Latina em 2024, ao lado da Vinny’s. Elas ocupam o 17º e 33º lugar no ranking, respectivamente.
Com diversos sabores, as tradicionais ainda são as que fazem mais sucesso. Segundo Vinicius, os sabores exóticos ainda têm pouca saída.
Pizza com sabor de história
Em Brasília, a pizzaria mais antiga da cidade, a Dom Bosco, conhecida por ter apenas um sabor, é uma marca registrada da cidade. Em suas redes sociais, a marca explica o motivo de sua configuração. “Desde 1960, o formato de sabor único foi escolhido pela simplicidade, praticidade e sabor, já que, o queijo fica gostoso até frio.” No balcão, há apenas duas possibilidades de pedidos: uma simples (uma fatia) e uma dupla (duas fatias, como um sanduíche). E ai dos forasteiros que ousam dizer que “não é pizza”. É pizza sim e, praticamente, um prato típico de Brasília, um jeito candango de comer pizza que começou na época da construção da capital federal.
Uma simples da Pizzaria Dom Bosco. / Reprodução do Instagram
Outra clássica escolha dos brasilienses na hora de pedir pizza é a Dom Romano, com mais de 35 anos de história. Para Wesley Moreira, administrador do restaurante, o que faz uma pizza ser única “são os detalhes na hora da preparação. Os ingredientes trazem grande personalidade, mas é a massa com textura, borda e espessura que fazem a marca da Dom Romano”, conta. Fermentação Natural
Na pizzaria Los Santos o processo de fermentação tem um diferencial de sabor. “ A nossa pizza é de longa fermentação e com farinha italiana. Trabalhamos com o descanso da massa nesse processo de longa maturação, fazendo com que ela tenha melhor sabor e aroma. Esse processo também deixa a pizza com uma fácil digestão e proporciona um baixo índice glicêmico”, explica Thiago Leopoldino, chef à frente da casa.
Foto: Los Santos/Divulgação
Na cantina italiana Nonno Cantinetta, o processo de fermentação natural é diferenciada. De acordo com o chef Wesley Batista, a farinha italiana leva azeite extravirgem, além de água, sal, açúcar e queijo parmesão. “A fermentação leva 48 horas e isso é o que deixa a pizza leve”, conta.
Pizza para todos
Pizzas nem sempre foram acessíveis para pessoas celíacas – com intolerância ao glúten -, pessoas veganas ou intolerantes à lactose. Mas isso mudou. Lugares adaptados para essas restrições estão entrando no mercado brasiliense e ganhando o paladar até de quem não sofre com nenhuma limitação alimentar ou alergia.
Paulo Frias, sócio da Saucker – Culinária Sem Glúten, destaca a importância de atender esse público. “Temos uma grande demanda. Nosso maior faturamento vem da pizza, todos sábado temos até rodízio”.
Foto: Saucker/ Divulgação
Abertos há dois anos, Paulo conta de onde veio a ideia de vender pizzas sem glúten: “Minha sócia (Denise Godinho- chef de cozinha) tem um filho anafilático ao glúten e, na infância, ele quase faleceu por causa dessa alergia. Devido a isso, ela parou sua vida profissional para dedicar seu tempo ao desenvolvimento de receitas sem glúten. Ela queria que o João pudesse comer o que fosse de melhor e o mais próximo possível de um produto que contém glúten”.
Segundo ele, suas pizzas são feitas utilizando o mesmo processo de fabricação de pizzas comuns e o sabor é praticamente o mesmo.
Foto: Paulo Frias/Acervo Pessoal
Também nessa linha de cozinha, a pizzaria Pinoli atende o público que busca por opções mais saudáveis e sem glúten, sendo mais uma aí na lista para quem sofre com restrições alimentares. Serviço:Casa Baco Shopping Casa Park, SGCV Sul 12/22 Ae – Guará; Mané Mercado, SRPN ST – Asa Norte; Quadra 408, Asa Sul; Quadra 309, Asa Norte. Horário de atendimento: Asa Sul e Norte: diariamente, a partir das 18h. Mané Mercado e Casa Park: de segunda a quinta, das 12h às 15h30 e das 18h àss 23h30; sexta, das 12h às 16h e das 18h à 0h; sábado e domingo, das 12h às 0h. Dom BoscoAsa Sul (CLS 107 e CLS 414), Asa Norte, Lago Norte, Sudoeste, Guará, Aeroporto e Águas Claras.Dom RomanoQI 11 do Lago Sul; CLN 209 Bloco D Loja 59 – Asa Norte; e Águas Claras (apenas delivery).Horário de atendimento: diariamente, das 11h30 às 23h.Los Santos Pizza & PãoSRTVN Ed. Rádio Center, Loja 54, Asa Norte.Horário de atendimento: de segunda a sexta, das 11h às 23h30; sábado, domingo e feriado, das 16h às 23h30.
Nonno CantinettaBrasília Shopping – Setor Comercial Norte Quadra 05 BL A – Asa Norte.Horário de atendimento: de segunda a quinta, das 12h às 16h e 19h às 23h; sexta e sábado, das 12h às 17h e das 19h às 23h; domingo e feriados, das 12h às 17h e das 19h às 22h.
PinoliCLN 307, Bl. E, Lj. 34 – Asa Norte.Horário de atendimento: de domingo a quinta, das 18h às 22h; sexta e sábado, das 18h às 22h45.Saucker – Culinária Sem GlútenSCRN 702/703, Bloco H, Loja 1 – Asa Norte; Rua 33 Sul, Lote 5 – Águas Claras. Horário de atendimento: Asa Norte: de segunda a sábado, das 11h às 22h; domingo: das 12h às 16h e das 18h às 22h20; Águas Claras: de segunda a sexta, das 11h às 22h; sábado: das 9h30 às 22h.Vinny’s Pizzeria NapoletanaCLS 205, Bloco A, Lj. 27, Asa Sul; Diariamente, das 17h às 22h40.
