Brasília sedia a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorre até domingo (22) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Além de visitarem a feira, estudantes de 87 escolas da rede pública de ensino do DF expõem trabalhos no 12º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal, realizado desde segunda-feira junto com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que também conta com diversas exposições. São 110 trabalhos com o tema Brasília conectada com os objetivos da Agenda 2030.
A Agenda 2030 é um compromisso assumido por todos os países que compuseram a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, entre eles o Brasil. Além de proporcionar aos estudantes conhecer a proposta da Agenda 2030, a Secretaria de Educação buscou levar os estudantes a refletir sobre a realidade, a partir das metas, norteadores e perspectivas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).
Um dos trabalhos que exemplifica a empatia dos alunos com as diferenças na sociedade vem dos estudantes do Centro de Ensino Fundamental 01 do Paranoá. Com o título Produção de materiais adaptados para estudante com deficiência visual utilizando impressora 3D, os alunos sentiram a necessidade de colaborar com a inclusão de alunos com deficiência visual que chegaram à escola.
Quem explica essa inovação é o estudante Pedro Henrique da Silva, 15 anos, do 9º ano, um dos idealizadores do projeto. “Esse ano, muitos alunos com deficiência visual chegaram à escola. E sentimos a necessidade de fazer algo que pudesse gerar inclusão, por meio da tecnologia. Então pensamos em desenvolver objetos com a ajuda da impressora 3D, para que eles pudessem sentir como são as coisas das quais eles só ouvem falar”, diz Pedro Henrique.
Também está sendo apresentado na exposição o projeto do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 do Núcleo Bandeirante, Como a tecnologia do Arduíno pode ser utilizada para bombear águas subterrâneas e superar a seca e a fome nas comunidades nordestinas, ribeirinhas, indígenas e quilombolas. O trabalho realizado pelos alunos pretende expandir as formas de acesso ao elemento mais básico e essencial da vida humana, a água, às comunidades mais vulneráveis na sociedade. “É possível unir robótica e tecnologia e levar água de qualidade aos povos originários, saciar a sede das crianças e ajudar a produzir o alimento de cada dia”, diz Vinicius Evangelista, 12 anos, do 7° ano.