Evento no HRSM destaca importância da higienização das mãos para combater infecções

Nesta quinta-feira (8), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi palco para o

Nesta quinta-feira (8), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi palco para o I Simpósio de Higiene das Mãos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Com o tema “Pode ser luvas, mas é sempre higiene das mãos”, o evento focou a importância da correta higienização das mãos para salvar vidas, reduzir o número de infecções relacionadas à assistência à saúde e, consequentemente, melhorar a qualidade e segurança do paciente durante sua permanência no ambiente hospitalar. O evento foi promovido pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) do HRSM.

Simpósio no HRSM destacou a importância da correta higienização das mãos para salvar vidas e reduzir o número de infecções relacionadas à assistência à saúde | Fotos: Divulgação/IgesDF

Durante a mesa de abertura, a superintendente do HRSM, Eliane Abreu, destacou o grande impacto que a higiene das mãos possui dentro de uma unidade hospitalar. Além disso, ressaltou que é uma pauta de responsabilidade de toda a instituição, não apenas da área da assistência, sendo uma escolha estratégica a ser seguida por todos.

“A higiene das mãos salva vidas, e todos sabem disso. Parece óbvio, mas toda vez que a gente negligencia o óbvio, a gente está criando um problema. A higiene das mãos é a prática mais eficaz, mais primária e que entrega maior eficiência no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, consideradas eventos adversos que não estão tão distantes da nossa realidade. Isso significa que a gente tem pessoas reais, pacientes reais e perdas reais quando a gente não engaja e não tem uma prática simples que é a higiene das mãos. E eles são eventos evitáveis, sabemos como evitar”, afirmou.

O diretor clínico do HRSM, Thiago Neves, lembrou que a higiene das mãos faz uma diferença muito grande no destino final do doente, destacando que desde quando se entendeu a importância de higienizar as mãos, ainda no século 19, os serviços de saúde do mundo inteiro tiveram melhoria dos indicadores de infecções e de melhora desses pacientes.

Em 5 de maio é comemorado o Dia Mundial de Higiene de Mãos

“Isso é algo que deve ser modificado, porque é uma medida simples, barata e que salva vidas. Então, não podemos jamais abrir mão dessa medida, porque se gasta fortunas com pesquisas em antibióticos e sabemos da limitação desses antibióticos. A gente está falando de um cenário onde há cada vez mais microrganismos multirresistentes, e lá na base a gente não está fazendo o básico”, enfatizou.

Adriana Gonçalves, representante da Diretoria de Assistência à Saúde (Diase), ressaltou a necessidade de debater a higiene das mãos dentro das unidades hospitalares. Além disso, destacou que o uso de luvas não pode substituir a lavagem das mãos, pois não é o uso delas que previne infecções. Além disso, gera custos elevados para a instituição e danos ao meio ambiente. “Precisamos nos conscientizar que somos responsáveis pela higienização das mãos, independente de categoria, médicos, enfermeiros, equipe multidisciplinar. Não podemos negligenciar esse ato e devemos alertar os colegas quando esquecerem de fazer a higienização das mãos, seja com álcool ou água e sabão”, pontuou.

Ao longo do dia, várias palestras foram realizadas com temas voltados para a higiene das mãos. Paulo Lisbão, da Gerência de Risco em Serviços de Saúde da Vigilância Sanitária do DF, destacou que luvas não substituem a higienização das mãos, não previnem a contaminação e devem ser usadas somente em casos indicados, que são quando o profissional vai tocar superfícies do corpo com fluidos, sangue, secreções. “Além disso, o recomendado é higienizar as mãos antes de colocar as luvas e após retirá-las”, informou.

A chefe do Nucih do HRSM, Jéssica Nunes, enfatizou que a higiene de mãos é a medida mais simples e menos dispendiosa, no sentido de custo para evitar infecções relacionadas à assistência à saúde. “Essa medida tão simples e tão eficaz pode prevenir a infecção no paciente para que ele alcance um desfecho favorável ao finalizar sua internação. No dia 5 de maio comemoramos o Dia Mundial de Higiene de Mãos, e por isso pensamos em um evento maior para discussão dessa pauta, com isso, organizamos o simpósio”, afirmou.

Segundo Jéssica, o tema da campanha 2025 gerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), “Pode ser luvas, mas é sempre higiene de mãos”, traz muitas reflexões para além da prevenção de infecções: “É importante entender o tema da campanha como um alerta ao uso racional das luvas, fazendo um paralelo com o meio ambiente, uma vez que o uso inadequado desse insumo gera resíduos de grande impacto e custo ambiental. Por isso, é necessário que as equipes assistenciais tenham um olhar e adesão consciente das práticas mais adequadas de cuidado”.

Daniel Pompetti, infectologista do HRSM, alertou para a resistência bacteriana ser um problema mundial nos hospitais, pois a cada dia existe mais resistência bacterina, bactérias mais fortes e com poucas opções de tratamento.

“Os antibióticos que estão saindo no mercado e que a gente está usando atualmente já não são suficientes, estamos ficando sem armas. E esse assunto de higiene de mãos vai diretamente interligado com a resistência bacteriana. Sabemos que serviços e hospitais onde a adesão a higiene de mãos é baixa, a taxa e a densidade de incidências de infecções relacionadas à assistência à saúde são maiores. Então, sempre insisto nessa questão de higiene de mãos. O cuidado começa desde o atendimento no pronto-socorro, até pacientes da enfermaria, enfermaria cirúrgica, enfermaria de clínica médica, centro cirúrgico, maternidade, UTI. Esse cuidado vale para todo mundo”, concluiu.

*Com informações do IgesDF

 

 

Agencia Brasília

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