De cidade reconhecida por sua arquitetura e função cívica, Brasília assumiu um novo papel no mapa turístico do Brasil: o de destino estratégico para grandes eventos culturais, esportivos e de negócios. A vocação já reflete na economia. Segundo a Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF), a arrecadação do ISS saltou de R$ 8 milhões em 2022 para uma expectativa de R$ 80 milhões em 2025.
Infraestrutura de qualidade, rede hoteleira próxima aos principais espaços e clima favorável são alguns dos fatores que explicam o crescimento. “A capital está muito preparada para receber turistas. O aeroporto é próximo ao centro, a rede hoteleira está ao lado dos grandes espaços de eventos e nossa cidade é segura”, destacou o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo.
O calendário recente comprova a vocação da cidade: em uma mesma semana, Brasília recebeu os Jogos da Juventude, o show da cantora Katy Perry e a apresentação de Henrique & Juliano — todos com lotação máxima e impacto direto na ocupação hoteleira.
Além dos eventos, o governo tem investido em rotas turísticas, reabertura de monumentos, transporte gratuito em domingos e feriados e reativação de programas como o ônibus turístico cívico. O esforço já atrai mais visitantes: de janeiro a junho de 2025, mais de 440 mil passageiros desembarcaram no Aeroporto Internacional de Brasília, alta de 38% em relação a 2024. Entre eles, 44 mil turistas estrangeiros, 8,3% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Para o setor hoteleiro, o impacto é direto. “Eventos e turistas movimentam não só os hotéis, mas bares e restaurantes da cidade, gerando um novo fluxo econômico para o DF”, afirma Jael Silva, presidente do Sindhobar.
Brasília, que já foi conhecida pela máxima de que “não tinha nada para fazer no fim de semana”, agora se firma como a capital dos grandes eventos e experiências turísticas.
Textor por Adriana Izel e Catarina Loiola/Agência Brasília – Todos os créditos aos autores









