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Le Birosque segue sem defeitos

Em minha primeira visita ao Le Birosque, pouco tempo após a casa abrir na

Le Birosque segue sem defeitos

Em minha primeira visita ao Le Birosque, pouco tempo após a casa abrir na 408 Sul, em 2023, a ideia era sentir se o selo de Luiz Trigo seguia a qualidade que fez tanto sucesso na Quituart na mudança para uma loja de rua na Asa Sul.

Nesta semana, voltei ao endereço para esta coluna, a fim de averiguar como anda a casa depois da expansão do grupo Rock’s, comandado pelos sócios Rodrigo Carpaneda, Rodrigo Sanchez e o próprio Trigo, que agora detém nada menos que cinco casas: Le Birosque (408 Sul), Rock’s Grill (Comfort Suítes), Le Vent (Hotel Ramada) e The Plate (Golden Tulip).

É de se esperar que um guarda-chuva tão grande de empreendimentos demande muito dos empresários e, especificamente em Brasília, já vi expansão ser sinônimo de dor de cabeça, mais custos e menos qualidade. Felizmente, aqui não é o caso.

O Le Birosque segue firme e forte na entrega de um menu saboroso, com preço justo e um atendimento superamigável e atencioso, liderado pelo garçom Marcelo, que dá uma “peia” em muito maître engravatado por aí.

Terrine – Le Birosque. Crédito: Grupo Rocks

Nesta segunda visita profissional, aventurei-me mais no cardápio e provei as Terrines (Rilette com mostarda de Dijon e pepino em conserva, terrine de fígado de frango e paleta de porco com laranja confit. Acompanham porção de pães, manteiga de mel de engenho e limão, a R$ 54) e o tradicional Bolovo da casa, com ovo caipira, carnes bovina e suína supertemperadas, mostarda escura e pão, a R$ 28, como entradas.

As terrines são uma descoberta valiosa para quem nunca as degustou, além de provarem que a vibe descontraída não impede o Le Birosque de apresentar uma gastronomia de ponta, bem-feita. Já o bolovo empanado, com um ovo certamente feito no sous-vide pelo ponto perfeito da gema, foi uma descoberta até para mim. Confesso que estava com expectativa baixa, mas a fritura crocante com carne bem temperada e uma gema gelatinosa calou minha boca. Eu amei.

Bolovo – Le Birosque. Crédito: Grupo Rocks

Não deixei passar também a barriga de porco oriental (crocante e temperada com gengibre, especiarias, molho agridoce, gergelim e cebola assada, a R$ 55). Um jeito bom de dar um check na famosa barriga de porco do chef, com um toque diferente.

Indo para os pratos principais, segui na pegada de cozinha alto nível e despretensiosa com a bochecha suína, cozida lentamente, servida com demi-glace intenso, ervas frescas e polenta cremosa com açafrão (R$ 79,00); e o Arroz Punta Rica com açafrão, linguiças caipira e defumada, frango, costelinha, lombo, ervilha, milho, azeitonas (R$ 65 para uma pessoa e R$ 130 para duas).

Bochecha suína e polenta cremosa – Le Birosque. Crédito: Grupo Rocks

A bochecha não precisava nem de faca para cortá-la, bastava passar o garfo para que se desmanchasse. O ponto da polenta me deu uma sensação acolhedora, assim como sabor, sem medo de tempero e sal. Sobre o arroz, a descrição do prato já aponta para o leque de sabores que ele traz à boca a cada garfada. A mistura de texturas e proteínas diferentes entrega nuances que vão chegando em camadas no paladar. Para mim, símbolo de como um prato com a cara de Goiás pode entregar uma experiência gastronômica rica.

Arroz Punta Rica – Le Birosque. Crédito: Grupo Rocks.

Essa incursão mais a fundo no menu do Le Birosque mostrou como a casa vai além da famosa Porchetta que a fez famosa, assim como revela a versatilidade do chef, que não deixa a peteca cair, mesmo se desdobrando entre uma operação e outra. Eu ia falar que vale sim a visita, mas acho que não precisa. A casa estava bem cheia numa quinta à noite, explicitando como o público está devidamente cativado por lá.
O post Le Birosque segue sem defeitos apareceu primeiro em Jornal de Brasília.

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