O coração bateu mais forte para Elisângela da Silva Pereira, 45 anos, e Alfredo dos Santos Souza, 46, de Brazlândia, durante a escolha dos trajes de casamento. “Nunca me senti tão linda”, disse ela, enquanto ele completou: “Parecia que aquele terno estava reservado para mim”. Juntos há quatro anos, eles sonhavam em oficializar a união, mas não conseguiram por falta de recursos. Agora, contam os dias para subir ao altar no Casamento Comunitário, programa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF).
A terceira cerimônia deste ano está marcada para 14 de setembro, às 17h, na Concha Acústica, às margens do Lago Paranoá. Com o tema “Primavera do Amor”, o evento deve reunir mais de 5 mil pessoas, entre noivos, convidados e autoridades. Entre os dias 1º e 5 de setembro, os casais inscritos participam da prova dos vestidos e ternos, uma das etapas mais emocionantes da preparação.
Antes do grande dia, os noivos terão ensaio geral, no dia 6 de setembro, no Museu da República, quando receberão orientações sobre o cerimonial e poderão tirar dúvidas.
Para muitos casais, cada etapa aumenta o frio na barriga e a ansiedade para o grande dia. A balconista Daniele Mendonça, 35 anos, do Paranoá, contou que se emocionou ao experimentar o vestido que escolheu para a cerimônia. “Foi como se tivesse sido feito para mim. A ficha caiu de que está chegando a hora, e o coração dispara só de pensar em entrar na passarela”, disse.
Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, o Casamento Comunitário é muito mais do que uma celebração. “Estamos cuidando de cada detalhe para que seja um momento inesquecível. É a realização de sonhos, mas também a garantia de direitos e a transformação de histórias de vida”, afirmou.
Mais que um sonho, um direito
“Estamos cuidando de cada detalhe para que seja um momento inesquecível”
Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania
Esta será a terceira edição de 2025. Nas duas primeiras, realizadas em março e junho, 200 casais oficializaram suas uniões. Desde 2021, mais de 640 casais já foram beneficiados pelo programa.
A estrutura é completa e sem custos para os participantes: transporte por aplicativo de luxo, vestidos e ternos, cabelo e maquiagem, fotos profissionais, cerimonial e decoração especial. Além da celebração, a iniciativa garante direitos legais como sucessão patrimonial, acesso à pensão, inclusão em programas sociais e proteção jurídica, especialmente para casais em situação de vulnerabilidade.
A quarta edição será no dia 7 de dezembro, também com 100 casais, e as inscrições continuam abertas. Mais informações no link.
*Com informações da Sejus-DF
