Oferecida na rede pública, prática de yoga contribui para saúde e bem-estar

A promoção da saúde vai muito além da oferta de medicamentos e do atendimento


A promoção da saúde vai muito além da oferta de medicamentos e do atendimento em hospitais. Exemplo disso são as 17 práticas integrativas em saúde (PIS) atualmente oferecidas à população pela Secretaria de Saúde (SES-DF) com a premissa de tratar o indivíduo em seus aspectos físico, mental, psíquico, afetivo e até espiritual.

As práticas integrativas em saúde, como yoga, visam tratar o indivíduo em seus diversos aspectos, como físico, mental e psíquico | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

“É importante ressaltarmos que as PIS trazem uma visão ampliada dos cuidados, focando a saúde e a pessoa, e não predominantemente a doença. Elas abordam a saúde do ser humano na sua integralidade”, afirma a referência técnica distrital (RTD) em yoga da SES-DF, Maria Cristina Serafim. E é justamente o yoga, disciplina milenar de origem indiana com inúmeros praticantes ao redor do mundo, umas das práticas de maior destaque dentre as PIS.

“Muita gente acha que relaxar é fácil, mas na verdade não é. O nosso dia a dia aqui é muito agitado, então é fundamental esse momento de quietude, de olhar para dentro, de perceber o próprio corpo. Isso facilita tanto a parte mental e física quanto a espiritual”

Érica Barbosa, enfermeira

“A prática do yoga promove a saúde física e mental, proporcionando alongamento e flexibilidade, equilíbrio, condicionamento físico, alívio de dores crônicas;  melhora na qualidade do sono, no desempenho cognitivo e na memória, além da regulação emocional e do humor”, elenca Serafim. Ela explica que o tratamento – presente no rol de PIS ofertadas pela SES-DF desde a implementação da Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS), em 2014 – já vinha sendo ofertado em algumas unidades da rede pública desde 2001.

Hatha yoga e laya yoga

A SES-DF oferece duas modalidades de yoga à população: o hatha yoga e o laya yoga. Marta Alayde Montenegro é RTD colaboradora em yoga na SES-DF e ensina que a diferença entre as duas disciplinas está nas funções atribuídas à postura psicofísica (asana) e à respiração (pranayama) em cada prática. “O hatha yoga é uma técnica em que podemos trabalhar asanas e pranayamas, exercitando o físico e o mental, tonificando o corpo, trabalhando a força do sol e da lua, a dualidade”, detalha.

O laya yoga, por sua vez, “é uma técnica mais meditativa, que trabalha com pranayamas que induzem ao sono e ao relaxamento; dissolve condicionamentos e trabalha o inconsciente e o subconsciente, no possui contraindicação alguma”, afirma Montenegro. Ela ainda explica que o yoga é também uma terapêutica da medicina clássica indiana, podendo ser associado à meditação e ao ayurveda, também componente das PIS. “Qualquer pessoa pode realizar a prática do yoga. As aulas são planejadas de acordo com o grupo ou individualmente, realizando-se variações de acordo com cada caso”.

Combate a patologias e autoconhecimento

O yoga é parte integrante da Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS), implementada em 2014

A prática continuada de yoga se mostra eficaz no tratamento de diversas doenças respiratórias, como a asma, pois fortalece a função pulmonar dos pacientes. Também atua no cuidado de distúrbios mentais, como depressão e síndrome do pânico, e de sintomas associados ao climatério, como insônia, sudorese noturna e alterações de humor.

Para a dona de casa Maria Luselina Lacerda, conhecida como Lina, as aulas de yoga na Unidade Básica de Saúde (UBS) 4 de Samambaia representaram um incremento importante ao seu bem-estar geral. “Melhora bastante os movimentos do corpo. No dia a dia, você se sente mais leve para fazer as coisas em casa. Eu não trabalho fora, mas em casa é muito trabalho”, conta.

Lina conta que o yoga foi imprescindível durante uma situação recente de intenso estresse: “Passei por uma situação difícil, em que precisei fazer uma técnica de respiração para me acalmar. Eu ia ficar o dia todinho sentindo dor, estressada, mas fiz a técnica de respiração e passei aquela data tranquila”.

O yoga também vem sendo útil aos próprios profissionais da UBS 4, que muitas vezes participam das atividades junto aos usuários de saúde. Para a enfermeira Érica Barbosa, membro da equipe de Saúde da Família (eSF) 02, a técnica oferece benefícios que vão além das questões fisiológicas. “Muita gente acha que relaxar é fácil, mas na verdade não é. O nosso dia a dia aqui é muito agitado, então é fundamental esse momento de quietude, de olhar para dentro, de perceber o próprio corpo. Isso facilita tanto a parte mental e física quanto a espiritual”.

Para conhecer as unidades da SES-DF que oferecem as práticas de yoga – tanto o hatha yoga quanto o laya yoga –, acesse aqui.

*Com informações da SES-DF

 



Fonte: Agencia Brasília

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