OMSA reconhece Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação

A agropecuária do Distrito Federal celebra um importante avanço com o reconhecimento oficial do

A agropecuária do Distrito Federal celebra um importante avanço com o reconhecimento oficial do Brasil, incluindo todas as suas unidades da Federação, como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante a 92ª Assembleia Geral dos Delegados Nacionais da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris, na França.

O Brasil, com todas as suas unidades federativas, foi reconhecido pela OMSA como zona livre de febre aftosa sem vacinação | Foto: Divulgação/Seagri-DF

Esse marco histórico é resultado de um esforço conjunto entre os entes federativos e o governo federal, com destaque para a atuação do Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), no cumprimento rigoroso das metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE/Pnefa). No DF, ações preventivas como a suspensão da vacinação, a capacitação das equipes técnicas e o reforço da vigilância sanitária em todo o território foram fundamentais para essa conquista.

O secretário de Agricultura do Distrito Federal, Rafael Bueno, e a servidora Priscilla Pereira, da Coordenação de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seagri-DF, integram a delegação brasileira no encontro internacional, ao lado de representantes do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e de diversos estados.

O titular da Seagri-DF, Rafael Bueno, e a servidora Priscilla Pereira, integram a delegação brasileira

“Esse reconhecimento internacional confirma o trabalho técnico e responsável que temos desenvolvido no Distrito Federal. A sanidade animal é uma prioridade para o GDF, pois garante não apenas a saúde dos rebanhos, mas também abre caminho para a exportação e valoriza ainda mais o produtor rural local”, destacou Rafael Bueno.

A última campanha de vacinação contra a febre aftosa no DF foi realizada em novembro de 2023. Desde então, as ações de educação sanitária e o trabalho junto aos produtores rurais foram intensificados, com foco no monitoramento do rebanho e no fortalecimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Segundo a subsecretária de Defesa Animal e Agricultura, Danielle Araújo, o reconhecimento sanitário do DF como área livre de febre aftosa sem vacinação é fruto do esforço coletivo entre instituições públicas, extensão rural e setor produtivo. “É uma conquista de várias mãos. As equipes de defesa agropecuária do país inteiro se mobilizaram, e aqui no DF tivemos um trabalho de excelência, com ações intensas de vigilância ao longo dos últimos anos”, afirmou. Ela também ressaltou o papel essencial dos servidores, produtores, técnicos da extensão rural e da Emater: “O principal parceiro, obviamente, é o produtor rural, que comprou a ideia e colaborou para que a gente pudesse manter um estado sanitário satisfatório.”

Novo status sanitário

Com o novo status, o Distrito Federal passa a integrar uma elite global de regiões com elevado controle agropecuário, o que abre novas possibilidades de exportação para a carne bovina e seus derivados. Isso beneficia diretamente os produtores locais e fortalece a economia rural.

O último caso de febre aftosa no Brasil foi registrado em 2006 e, no Distrito Federal, não há ocorrências há décadas. O reconhecimento da OMSA reforça o compromisso do GDF com uma agropecuária moderna, segura e alinhada aos padrões internacionais.

Sobre a doença

A febre aftosa é causada por um vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. Considerada uma das doenças infecciosas mais contagiosas entre animais, ela afeta principalmente os biungulados (de casco fendido), como bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.

A propagação é extremamente rápida: o vírus se dissemina por contato direto entre animais infectados e suscetíveis, além de contaminar solo, água, roupas, veículos, utensílios e instalações. Até mesmo o vento pode transportar o agente causador, o que aumenta os riscos de surtos em regiões vizinhas.

*Com informações da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF)

Agencia Brasília

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