Descasque mais, desembale menos. Esse é lema que deu nome ao projeto desenvolvido pela Escola Classe 61 de Ceilândia com o intuito de conscientizar os estudantes e famílias sobre a importância dos bons hábitos alimentares para a saúde. O corpo docente da instituição, que atende 764 alunos de 4 a 12 anos, desenvolveu a iniciativa ao perceber que os estudantes tinham o hábito de levar lanches com alimentos ultraprocessados.
A coordenadora da educação infantil da escola, Edilma Dias, conta que alguns dos alunos chegaram a deixar de comer a merenda escolar, que é balanceada e saudável, para consumir lanches industrializados.
“Nós ficamos preocupados com os maus hábitos alimentares dos nossos estudantes, principalmente dos mais novos; sabemos que isso afeta a saúde e também o desenvolvimento escolar. Então, nossa equipe se reuniu e pensou nesse projeto e já estamos percebendo mudanças, o que é muito positivo”, comenta.
Os professores confeccionaram um monstro só com embalagens de alimentos ultraprocessados levados pelos alunos em seus lanches e colocaram para exposição no hall da escola como símbolo do projeto.
A nutricionista da Secretaria de Educação (SEEDF) Tamara Ribeiral é uma das responsáveis pelo projeto na escola. Segundo ela, as atividades foram desenvolvidas pensando nos estudantes, mas também envolve familiares e a equipe escolar. “Visamos não só o aumento do consumo dos alimentos in natura incluídos na merenda escolar, mas também dos consumidos nas casas dos integrantes da comunidade escolar”, explica.
Atividades
Como parte do projeto, diversas atividades são realizadas ao longo dessa semana. Uma delas foi o encontro de nutricionistas da Secretaria de Educação com os estudantes, realizado nesta quarta-feira (25). Na ação, os alunos aprenderam a classificar os alimentos de saudáveis até ultraprocessados, quais devem ser consumidos e quais devem ser evitados. Os estudantes viram, por exemplo, que o milho pode ser consumido livremente, mas que o mesmo alimento em lata possui sal e açúcar como conservantes; então, deve ser consumido com moderação.
Em um outro momento, alguns alunos escolhidos foram vendados e tiveram que adivinhar os alimentos pelo tato, olfato e paladar. “Eu aprendi que a gente deve trazer coisas saudáveis para escola, como frutas – maçã, banana, morango. E comer isso em casa também. Eu gostei muito das atividades”, comenta Miguel da Silva Araújo, estudante da Escola Classe 61 de Ceilândia.
A escola também realizou palestras sobre a importância da alimentação para a saúde e o desenvolvimento das crianças para professores e merendeiras. Ainda nesta semana, outras ações envolvendo os estudantes serão realizadas. O projeto será encerrado com uma reunião com os pais.
*Com informações da Secretaria de Educação
Fonte: Agencia Brasília