Evento marca pré-lançamento da Linha de Cuidado do HTLV no DF

Nesta semana foi realizado o pré-lançamento da Linha de Cuidado do HTLV (Human T-cell Lymphotropic Virus) no Distrito Federal, documento que sistematiza a rede de serviços da Secretaria de Saúde (SES-DF) destinada a pessoas com a doença.

O evento, realizado no prédio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, contou com debates e palestras sobre temas como vigilância, manejo clínico, fluxos de atendimento e prevenção à transmissão do HTLV no DF. Participaram do encontro profissionais de saúde de diversos órgãos distritais e nacionais, além de membros da sociedade civil.

À frente da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Beatriz Maciel, ressalta que o documento visa conciliar os diferentes níveis de atenção no âmbito dos cuidados a pessoas com HTLV. “Isso inclui atenção primária, atenção especializada e hospitalar, além do apoio diagnóstico e da vigilância epidemiológica, permitindo orientar todo o caminho do paciente, passando pelos estágios de prevenção, diagnóstico e tratamento dos sintomas da doença. Com o documento, quem for diagnosticado com HTLV no DF terá uma rede organizada para ser acolhido e cuidado”, informa.

Participaram do encontro profissionais de saúde de diversos órgãos distritais e nacionais, além de membros da sociedade civil | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF

O texto está em fase final de elaboração, após passar por grupos de trabalho com profissionais de instituições como a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), o Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) e vários setores internos da SES-DF. “Da parte da secretaria, o próximo passo é o documento ser validado pela Assessoria de Redes de Atenção à Saúde (Aras), depois ser analisado no colegiado da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (SAIS) e, por fim, ir para consulta pública. A participação social é um ponto muito relevante para a linha de cuidado”, reforça a gerente da Gevist.

HTLV

O HTLV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser passada por meio de relações sexuais sem preservativos, pelo compartilhamento de seringas e agulhas, pela transfusão de sangue contaminado ou, ainda, de mãe para filho durante a amamentação. Por este motivo, em 2024 a Lei nº 7.619 determinou a inclusão do teste de detecção do vírus na lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes do Distrito Federal. No entanto, a SES-DF já realiza a triagem e o teste confirmatório no pré-natal, desde 2013.

O patógeno pertence à mesma família do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e infecta os linfócitos T — células do sistema imunológico —, ocasionando uma infecção crônica que, por sua vez, pode causar processos inflamatórios em diversas partes do organismo ou até mesmo originar alguns tipos de câncer. Não há cura ou vacina para o HTLV, mas a rede da SES-DF oferece assistência para o controle de doenças causadas em decorrência da infecção.

A maioria das pessoas infectadas pelo vírus não apresenta sinais ou sintomas durante toda a vida. Quando ocorrem, costumam estar associados a distúrbios em diversos órgãos — olhos, pele, sangue e nervos — assim como a problemas urológicos.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Agencia Brasília

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